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domingo, 23 de outubro de 2011

Doença de Parkinson e a Fisioterapia

A doença de Parkinson ou Parkinsonismo foi descrita por James Parkinson, definida como uma doença degenerativa que acomete principalmente o sistema motor. O parkinsonismo pode ser dividido em três categorias: primário ou idiopático, secundário ou sintomático (processos patológicos que afetam os núcleos da base) e Parkinson plus (sinais de parkinsonismo juntamente com outros déficits neurológico).

Os principais sintomas da doença são: tremor em repouso, rigidez, bradicinesia – hiposinesia, postura em flexão, perda de reflexos posturais e o fenômeno de congelamento.

O tremor em repouso é o sintoma inicial em 70% dos casos, está presente nas extremidades, inicialmente nas mãos em repouso e desaparece quando consegue realizar o movimento. Com a evolução da doença os tremores tornam-se mais frequentes e mais generalizados, alcançando outros membros.

A rigidez caracteriza-se pelo aumento do tônus muscular, que oferece maior resistência ao movimento passivoe se manifesta geralmente por um ceder “ruidoso” durante o movimento. Na postura em flexão a cabeça se inclina, o corpo se dobra para frente, as costas entram em cifose, os braços são mantidos a frente do corpo e os cotovelos, quadris e joelhos ficam dobrados. Além da cifose as articulações costo-vertebrais, tornam-se anquilosadas, limitando ainda mais a expansão do gradil costal e a contração diafragmática. A escoliose também é um achado importante, surge, principalmente devido a postura adotada pleo portador da DP, o que gera dificuldade respiratória, pois a curvatura e rotação da coluna leam a restrições respiratórias progressivas.

A bradicinesia é a lentidão dos movimentos, e muita das vezes é interpretada como uma fraqueza muscular. Por sua vez, a hipocinesia é a redução do arco do movimento. A perda dos reflexos posturais ocasiona quedas e infelizmente uma incapacidade de ficar de pé sem auxílio. Tarefas simples tornam-se mais difíceis o paciente sente dificuldade em iniciar qualquer movimento de forma voluntária.

Por último, o fenômeno de congelamento é uma incapacidade momentânea de executar movimentos ativos, como o movimento das pernas ao andar, mas podem afetar também a fala, a escrita ou até mesmo a abertura dos olhos.

Embora a terapia farmacológica seja base do tratamento, a fisioterapia também é muito importante. Ela envolve os pacientes em seu próprio atendimento, promove o exercício, mantém ativos os músculos e preserva a mobilidade. Esta abordagem é particularmente benéfica, porque muitos pacientes tendem a permanecer sentados e inativos. A inatividade é acompanhada de uma série de complicações ou até mesmo a dependência total desse tipo de individuo.

O objetivo da fisioterapia é de manutenção e/ou aumento da ADM, prevenção a contraturas e fraqueza muscular, impedir atrofia por desuso, correções posturais, promoção e incremento da funcionalidade motora e sua mobilidade, melhora do padrão da marcha. Trabalhar independência funcional nas atividades de vida diária, trabalhar padrões respiratórios, com incentivadores e mobilização da caixa torácica.

O tratamento fisioterapeutico consiste em treinamento das atividades diárias, manutenção ou melhora das condições musculares, através de exercícios de alongamento e fortalecimentos globais, além de exercícios posturais e de equilíbrio, todos eles associados a exercícios respiratórios, oferecendo ao paciente condições ideais ou próximas disso, para que possa realizar atividades mais facilmente.

Todos esses exercícios devem ser feitos de forma lúdica, sempre tentando prender a atenção do doente para atividade, para isso vale tudo: usar bolas, cores, bastões, circuitos de atividades com e sem obstáculos para o treino de marcha. Simular atividades do dia-a-dia, como levantar-se, andar, pegar, jogar e chutar objetos, pentear os cabelos é de extrema importância para adquirir confiança e estimular a independência.

A família tem um papel fundamental, pois para todas as atividades do dia-a-dia, deve incentivar e encorajar o seu ente a realizar tudo sozinho ou de maneira mais independente possível, mas sempre com a supervisão de alguém.

Com a fisioterapia e o apoio da família, esse paciente torna-se mais ativo e independente, oferecendo menos risco de complicações, como as quedas, e proporcionando melhor qualidade de vida. Além da melhora do estado psicológico.

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