Desde 2011 um grupo de profissionais da fisioterapia, com o apoio da AMIB, trabalham na elaboração das Primeiras Recomendações Brasileiras de Fisioterapia Respiratória em Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais, documento que trará informações sobre a atuação de fisioterapeutas especialistas nas áreas de cuidados intensivos neonatais e pediátricas.
Para falar sobre os desafios do fisioterapeuta que atua nesta área, a Dra. Cintia Johnston, Coordenadora Pediátrica e Neonatal do Departamento de Fisioterapia da AMIB, faz uma retrospectiva sobre o desenvolvimento e fortalecimento da especialidade e o que vem por aí. Acompanhe.
A atuação de fisioterapeutas especialistas nas áreas de cuidados intensivos neonatais e pediátricas é recente, com difusão dos cursos e treinamentos nestas áreas principalmente a partir do ano 2000. Atualmente existem diversos cursos pelo Brasil, que formam fisioterapeutas para atuação clínica e científica em pediatria e neonatologia.
Em fevereiro de 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA publica em diário oficial (RDC 07, 24 de fevereiro/2010) a obrigatoriedade de especialização em neonatologia e pediatria para atuação de fisioterapeutas nas respectivas áreas hospitalares. Esta evolução na qualificação dos fisioterapeutas contribui para a segurança nas intervenções realizadas pelos profissionais em UTI Neonatal e Pediátrica.
O fisioterapeuta que atua nestas áreas é responsável pela avaliação e prevenção cineticofuncional (de todo e qualquer sistema do corpo humano que seja necessário) assim como por intervenções de tratamento (fisioterapia respiratória e/ou motora). Além destas atividades, o fisioterapeuta atua junto à equipe multiprofissional (médicos e enfermeiras) no controle e aplicação de gases medicinais (oxigênio, mistura hélio e oxigênio, óxido nítrico, óxido nitroso, entre outros), ventilação pulmonar mecânica (VPM) invasiva e não invasiva (VNI), protocolos de desmame e extubação da VPM, insuflação traqueal de gás, protocolo de insuflação/desinsuflação do balonete intratraqueal, aplicação de surfactante, entre outros.
De uma forma geral e simplificada, podemos direcionar as intervenções do fisioterapeuta na reabilitação em neonatologia e pediatria em: aspectos relacionados a imobilidade e repouso no leito; aspectos relacionados a nutrição; complicações musculoesqueléticas; alterações cardiocirculatórias; alterações pulmonares; úlceras de pressão; alterações gastrintestinais; aspectos psicológicos; reabilitação em condições específicas mais frequentes; entre outros.
Neste contexto, é importante a elaboração de recomendações/diretrizes que orientem os fisioterapeutas que atuam nas UTIs Pediátricas e Neonatais brasileiras. Com este objetivo, a Coordenação de Pediatria/Neonatologia do DEFITI, junto a seus membros e apoiados pela AMIB, está trabalhando desde o ano passado nas Primeiras Recomendações Brasileiras de Fisioterapia Respiratória em Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais.
Estas recomendações terão a sua apresentação pública durante o 12º Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica, que acontece e, São Paulo, de 13 a 16 de junhowww.ctip2012.com.br com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP e AMIB.
Fonte: www.amib.org.br
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