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domingo, 30 de janeiro de 2011

Deu no G1


Guia de carreiras: fisioterapia
>> Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são áreas promissoras. Profissional deve ter empatia e estar preparado para lidar com dor de paciente.
Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são duas áreas promissoras para quem pensa em trabalhar com fisioterapia, segundo Daniela Lucchesi Prado, responsável pelos atendimentos no Hospital Santa Catarina, em São Paulo.
As duas áreas têm tido crescimento na procura por profissionais. A fisioterapia esportiva se destaca pela necessidade cada vez maior dos atletas de se reabilitar de lesões. O fisioterapeuta atua diretamente no gesto motor que a pessoa pratica. “É uma área nova. Há pouca gente especializada”, disse Daniela. O atendimento a domicílio cresce com o aumento do número de idosos e tem remuneração maior, pela possibilidade de negociar direto com o paciente.
De acordo com Daniela, começam a faltar profissionais no mercado de fisioterapia em geral. “Há dois anos sobrava gente. Nesse período, foram abertos muitos concursos públicos e os profissionais se empregaram. Agora começa a faltar fisioterapeuta. O que precisa é o profissional ser valorizado, como em todas as áreas da saúde”, afirmou. O salário inicial do setor gira em torno de R$ 1.500. Já quem atende em casa pode cobrar cerca de R$ 80 por sessão. “Há previsão de melhora nos salários em médio prazo”, disse Daniela.
Segundo a fisioterapeuta, a remuneração nas áreas pública e privada é parecida, com exceção de hospitais de ponta, que pagam mais. No entanto, quem trabalha no setor público tem mais dificuldades, porque muitas vezes falta material ou os equipamentos funcionam mal. “A grande maioria dos profissionais é autônoma e tem dois trabalhos ou mais”, disse Daniela.
O fisioterapeuta trabalha na reabilitação dos pacientes. Sua função é fazer com que voltem a sua situação anterior, como andar, respirar direito e fazer movimentos. “Ele atua na lesão, independente de onde seja”, disse Daniela. O trabalho é feito com ajuda de aparelhos e equipamentos.

Especialização
Para trabalhar na área, o profissional deve gostar de pessoas, de trabalhar com as mãos, deve ter empatia e estar preparado para lidar com a dor dos pacientes. “Tem de se colocar no lugar do outro, mas ao mesmo tempo não se deixar envolver demais”, disse Daniela. O trabalho pode ser feito em hospitais públicos e particulares, consultórios e a domicílio.
A área de ortopedia é a mais conhecida da população, de acordo com Daniela, mas não é a única. Dá para se especializar em várias áreas. Uma delas é a respiratória, feita principalmente em hospitais e com pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O fisioterapeuta especializado na área cardiológica ajuda pacientes que sofreram infarto ou que têm doença coronariana.
O especialista em uroginecologia trabalha com pessoas que têm incontinência. Há ainda o atendimento a pessoas com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema e bronquite, e o trabalho específico com pessoas com problemas neurológicos.

Fonte: Globo.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quando utilizar o frio e o calor?



Esse é um dos principais questionamentos que os pacientes fazem durante uma avaliação fisioterapêutica.
Tanto o gelo quanto o calor são recursos muito utilizados dentro da fisioterapia, tendo ambos excelentes resultados. Vamos entender qual o resultado com a utilização de cada recurso para pode saber qual será o mais adequado para aquele tratamento.

Gelo - Crioterapia
Considerado um antiinflamatório natural, o gelo atua diretamente nas fases da inflamação, são elas: edema, dor e calor. Com o frio, ocorre a diminuição do metabolismo e redução da circulação local através da vasoconstrição, assim, prevenindo e reduzindo o edema e reações inflamatórias, ele também promove a quebra do ciclo dor-espasmo-dor. Com isso permite o início de mobilização precoce, o que é de grande importância para evolução rápida do tratamento e posteriormente, volta as suas atividades de vida diária.
Melhores resultados são obtidos quando a sua aplicação é feita logo após o trauma, prevenindo principalmente o surgimento de lesões secundárias a este.
 Normalmente a opção por utilizar o gelo se dá no quadro agudo da patologia, porém também se utiliza nos casos crônicos com sintomas agudizados (principalmente quando há presença de quadro álgico intenso).

Formas de tratamento:
      Criomassagem,
      Panquecas frias,
      Imersão,
      Bolsas de gel (de preferência as que o gel nao congela)
      Sprays vaporizadores

Situações em que pode ser utilizado:
      Traumatismos mecânicos;
      Dores cervicodorsolombares;
      Derrames articulares pós-traumáticos.
      Espasmos musculares;
      Lesões periarticulares: tendinites, bursites;
      Alguns pós operatórios (ex: artroplastia total do joelho, reconstrução LCA, etc..)


Calor - Termoterapia
O calor, por outro lado, provoca a vasodilatação, seus principais efeitos  terapêuticos são:alívio da dor, aumento da flexibilidade das fibras dos tecidos músculos-tendíneos, melhora da resposta ao alongamento, diminuição da rigidez articular e melhora do espasmo., no entanto, como há aumento da circulação local, deve-se tomar cuidado em casos de lesões traumáticas, pois pode ocorrer o aumento do edema ou quando há ruptura de vasos sanguíneos, o hematoma.
Deve-se tomar o cuidado de não aquecer em demasia e com isso, provocar queimaduras e bolhas, o calor deve ser agradável e a pele deve estar protegida.

Formas de tratamento:
      Bolsas ou toalhas quentes
      Imersão
      Banho de parafina
      Ultrassom (Contínuo)
      InfraVermelho
      Ondas curtas

Situações em que pode ser utilizado:
·        Contratura Musculares
·        Dores cervicodorsolombares (fase crônicas sem presença de edema)
·        Artroses
·        Fase crônica de lesões músculoesqueléticas (entorses, contusões musculares, pós operatórios tardios de lesões ligamentares, etc)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Fisioterapeuta improvida tala para ajudar vítima das chuvas no Rio De Janeiro

 No meio do ginásio Pedro Rage Jahara, conhecido como Pedrão, no centro de Teresópolis, onde mais de 280 vítimas da chuva estão alojadas, o professor da Faculdade de Fisioterapia da cidade, Rondineli Barros, improvisa uma tala com uma caixa de papelão. Ele tenta imobilizar a perna de Viviane Aparecida Pereira Gaspar, de 23 anos, que, como outros 1,2 mil moradores, perdeu a casa e recorreu ao abrigo público.

Moradora do bairro do Caleme, uma das regiões mais atingidas de Teresópolis, ela foi jogada contra uma parede pela força da água e depois derrubada de uma escada. Torceu o joelho e o tornozelo, que deveriam ser engessados. Na falta de gesso, o fisioterapeuta, trabalhando como voluntário, teve de usar da criatividade.

Ao lado de Viviane, a aluna do curso técnico de enfermagem Thais Flora trocava os curativos do agricultor Edmar Gregório da Rosa, cuja casa, no bairro de Santa Rita, mesmo distante da encosta e da beira do rio, foi derrubada pela avalanche de terra e mato que desceu de uma montanha. Empurrado pela água, sofreu cortes nos dois pés. Teve arranhões por todo o corpo e um ferimento mais profundo na traqueia.

Mas isto foi pouco perto da perda maior: a mulher, Elieze; o filho Douglas, de 13 anos; e a neta, Larissa, de 1 mês e meio, morreram no acidente. Restaram a ele a filha Letícia, de 20 anos, internada no Hospital das Clínicas - “nem sei o que foi que lhe aconteceu, ninguém passou nada para mim” - e a menor, Kailane, de 4 anos, levada para a casa da tia. “Agora, só posso contar com a ajuda dos amigos para começar tudo de novo. Minhas 40 mudas de alface, que eu colheria semana que vem, se perderam”, lamenta.

Na quadra do ginásio, onde os colchonetes espalhados estão divididos mais ou menos por grupos familiares, as pessoas aguardam a passagem do tempo, sem saber direito como tocar a vida daqui para frente. Dúvida que atormenta a balconista Camila Amorim da Silva, de 22 anos. Ela tenta distrair o filho Daniel, de 2 anos, sob a vista do marido, o comerciário José Joaquim Pereira, de 47 anos. Os três moravam com o filho Miguel, de 3 anos, junto com a família de Camila, em uma casa no bairro Caleme, bastante atingido.

Na hora da chuva, ela só conseguiu carregar Daniel. Não teve tempo de resgatar Miguel, que dormia em outro quarto com os tios Guilherme, de 20 anos; Isabele, de 18; Carolina, de 12; Marcelo, de 7; e Igor, de 6. Todos morreram soterrados, assim como o pai de Camila, José Carlos Gonçalves da Silva.

“Fui nascida e criada ali, nunca houve qualquer risco. Jamais pensei que passaria por uma tragédia como esta, porque a gente vê na televisão, mas não pensa que pode acontecer com a gente. Não tive tempo nem de socorrer o meu outro filho. Ouvi muitos gritos, pedidos de socorro, mas não podia fazer nada porque, se fosse ajudar, eu iria junto. A família foi embora, fica a lembrança”, diz Camila. (Agência Estado)


retirado do site: http://diariodopara.diarioonline.com.br

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sarney afirma que sem consenso proposta do Ato Médico não terá urgência

Representantes das Entidades Nacionais dos Trabalhadores na Área de Saúde e dirigentes do Sistema de Conselhos de Psicologia, composto pelo Conselho Federal e outros 17 Conselhos Regionais, entre outras entidades de profissionais de saúde, solicitaram ao presidente Sarney que o Projeto de Lei (PLS 268/2002), conhecido como Ato Médico, não seja apreciado pela Casa em regime de urgência. Sarney disse que, devido a complexidade do assunto e a falta de consenso, o projeto não entrará em regime de urgência nesta legislatura.

As lideranças do setor afirmaram que o texto atual do projeto fere os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e constitui-se em um retrocesso ao modelo de saúde multiprofissional. Segundo eles, o projeto interfere no trabalho das outras profissões da saúde.

Na opinião dos dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, se aprovado, o PL prejudicará a sociedade, que perde a possibilidade de contar com profissionais de várias áreas trabalhando de forma integrada e articulada, em equipes multiprofissionais, definindo conjuntamente o diagnóstico e o tratamento.

Ana Cristina Brasil, membro do Conselho Nacional de Saúde, afirmou, durante a reunião, que o projeto não conta com o apoio da maioria das entidades do setor. O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona disse que a proposta "desconsidera a trajetória das demais profissões que constituem o cenário da saúde na ótica do SUS". Verona propõe que o substitutivo "assegure as garantias constitucionais relativas ao direito dos usuários do SUS ao atendimento integral", que para o dirigente classista não são atendidas no Projeto em estudo na CCJ.

Sarney ouviu dos conselheiros presentes que da forma como está o Projeto Ato Médico torna privativo da classe médica todos os procedimentos de diagnóstico sobre doenças, indicação de tratamento e a realização de procedimentos invasivos. Acrescentaram ainda que "é evidente o interesse coorporativo dos médicos por reserva de mercado, desconsiderando a trajetória das demais profissões que constituem o cenário da saúde na ótica do SUS".

José Marcos Oliveira, membro do Conselho Nacional de Saúde, representante dos usuários, endossou Verona e argumentou que a votação do PL 268 de forma "açodada em final de mandato", não atende ao interesse público: " é importante a retomada do debate com a real oitiva do Conselho Nacional de Saúde que é o fiel guardião do Sistema Único de Saúde".

Histórico

Em 2004 diversas categorias da saúde pública entregaram a José Sarney - à época ocupando a presidência do Senado pela segunda vez – documento com mais de um milhão de assinaturas contrário ao projeto conhecido como Ato Médico. Passados cinco anos, no dia 21 de outubro do ano passado, texto com os mesmos princípios contestados em 2004 (segundo várias categorias de saúde), foi aprovado na Câmara Federal e agora está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Fonte: http://www.senado.gov.br/