terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Tendinites
Os tendões são estruturas fibrosas, densas, resistentes e pouca vascularizadas, e, têm como principal função realizar os movimentos do corpo através da transmissão da força gerada pelos músculos e ossos.
As inflamações que ocorrem nos tendões podem ser denominadas tendinites. As causas que podem gerar um processo inflamatório sobre eles são diversas. Mecânicas, causada por esforços repetitivos e prolongado, além de sobrecarga em determinada articulação e traumas. Química, onde ocorre à desidratação, quando os músculos e tendões não estão suficientemente drenados, a alimentação incorreta e toxinas no organismo através das doenças reumatológicas, processo degenerativos, infecções, etc.
Sintomas
As tendinites se manifestam através de dores localizadas próximas as articulações. Geralmente são dores difusas que podem aparecer após uma atividade física intensa ou em atividades simples como andar, abaixar, subir e descer escadas. Relato de dor e edema de intensidade variável , bem como graus variados de dificuldade na realização do movimento (principalmente o início do movimento associado a dor aguda) e diminuição de força muscular.
O diagnóstico é realizado através das queixas do paciente (principalmente dor no início do movimento), juntamente através de um exame físico. A realização da palpação com relato de dor local, presença de calor e rubor e em alguns casos edema. Isso tudo causando limitação funcional do individuo. Além disso, exames de ultra-som e ressonância magnética podem ser empregados.
Tratamento e prevenção
O Tratamento Fisioterapêutico tem início imediato após a consulta médica O Fisioterapeuta inicialmente realiza o tratamento analgésico e antiinflamatório com recursos de eletroterapia e posteriormente o cessamento do quadro de dor e do processo inflamatório começa a segunda etapa do tratamento, que visa o reequilíbrio muscular através de alongamentos e fortalecimentos. A etapa final visa o retorno a suas atividades de vida diária de maneira que o paciente possa realizar todas as suas atividades sem que haja qualquer referência de um dos sintomas di quadro da tendinopatia.
É possível realizar trabalhos preventivos com a finalidade de evitar a recidiva de tendinites e outras lesões. O Fisioterapeuta deve implantar séries de alongamentos e fortalecimentos excêntricos através de orientações, bem como indicar o melhor calçado para realização das atividades esportivas que o paciente venha a praticar e orientar sobre alterações e correções posturais.
Dicas e Cuidados
Geralmente uma tendinite mal avaliada, sem tratamento ou tratada de forma inadequada pode gerar uma tendinose, que passa a ser a condição de degeneração do tendão, podendo levar a ruptura do mesmo.
Portanto, se você já apresentou caso anterior de tendinite ou tem dores nas regiões distais dos músculos próximos às articulações, procure um especialista a fim de obter diagnóstico e tratamento adequados. Assim sendo, você terá um retorno mais rápido e seguro as suas atividades diárias, seja elas ligadas ao esporte ou não.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Técnicas de Higiene Brônquica
Técnicas de Higiene Brônquica
Tem como objetivo proporcionar a mobilização e com consequente remoção do excesso de muco ou secreção retidos nas vias aéreas e assim otimizando as trocas gasosas e a diminuindo o trabalho respiratório. Algumas técnicas serão descritas a seguir.
- Drenagem postural - mobilização e delocamento de secreções por meio do uso da gravidade, utilizando a mudança de decubito como tratamento tem como objetivo direcionar as secreções dos lobos ou segmentos distais para as vias aéreas centrais, facilitando sua remoção pela tosse ou aspiração. Baseado na anatomia, ausculta pulmonar e radiografia de tórax (quando possível) com a identificação da área de acúmulo de secreção; posteriormente, define a posição na qual o brônquio segmentar da região afetada esteja na posição vertical em relação à gravidade. O tempo para esse procedimento e inderteminado, a asculta pulmonar pode auxiliar no que diz respeito ao período da técnica.
- Ondas de choque mecânico - mobilização e deslocamento das secreções ao longo da árvore brônquica
- Percussão torácica : realizada com auxílio das mãos, em forma de concha com o punho ou com os dedos (normalmente em RN's), de forma ritmica que dão origem a ondas mecânicas que se propagam do tórax para o tecido pulmonar. Pode ser aplicada diretamente na pele e deve-se obeservaráreas anatômicas, se ha presença de hiperemia, drenos, cateteres, fraturas não diagnosticadas e enfizema subcutâneo. Não deve levar desconforto ao paciente e poder ser realizada tanto na inspiração quanto na expiração. As Contra-indicações são: hemoptise, fratura, fissura, osteoporose, broncoespasmo severo, incisões cirúrgicas e drenos, HAS, febre, taquicardia e carcinoma.
- Tosse assistida - objetiva aumentar a eficácia do mecanismo de tosse. O paciente deve realizar lentamente a inspiração antes do ato tossígeo, a seguir, expirar o ar suavemente, em um período breve, efetuar uma brusca e curta expiração ( tosse ), o fisioterapeuta deve executar uma compressão moderada durante a tosse aumentando assim a sua eficácia.
- Estimulação da tosse - estimular o reflexo da tosse quando a tosse voluntária está diminuída ou em pacientes não colaborativoa. Estímulo mecânico localizados nos pontos anatômicos específicos ( estímulo de fúrcula esternal de forma manual, cav. nasal, traquéia e carina com auxílio de sondas de aspiração )
- Aceleração de fluxo - retirada passiva das secreções através da aceleração de fluxo expiratório com apoio abdominal. Há um aumento da pressão intrabrônquica, que leva à turbulência do fluxo aéreo mobilizando secreções aos brônquios proximais.
- Flutter e shaker- Associação de PEEP com oscilação oral de alta freqüência, gerando vibrações endobrônquicas. Tem forma de cachimbo com uma espera de aço sustentada sobre um suporte que, durante a expiração, gera oscilações com freqüências que variam dependendo da angulação do equipamento, em relação à boca, enquanto seu peso serve de resistência expiratória que varia de 10 a 25 cmH2O.
- Expiração com pressão positiva nas vias aéreas – EPAP - Sistema de utilização de resistência externa ao fluxo expiratório por meio de válvula expiratória unidirecional, com a finalidade de gerar pressão positiva ao final da expiração. Realiza inspiração profunda, seguida de uma expiração basal contra a resistência oferecida pela válvula, previamente regulada.
- Aspiração - técnica utilizada mediante a utilização de uma sonda conectada a um gerador de pressão negativa, (aspirador) devendo ser aplicada em pacientes com tosse ineficaz ou em ventilação mecânica. Deve ser realizada de maneira asséptica, com duração de 10 a 15 segundos em sistema de aspiração aberto ou fechado. No sistema aberto, é necessária a retirada do paciente do respirador e introdução da sonda, interrompendo a ventilação.
· No sistema fechado, o paciente não é desconectado; a sonda é protegida por um envolvente plástico, podendo ser trocada a cada 24 h. Deve ser realizada, preferencialmente por 2 fisioterapeutas.
- Manobra com pressão zero ao final da expiração - ZEEP - aumentar o fluxo expiratório para promover o deslocamento de secreções. Técnica de redução abrupta da pressão positiva expiratória final,(PEEP) realizada em pacientes sob ventilação mecânica invasiva. O fisioterapeuta aguarda o início da inspiração , quando isso ocorre, eleva a PEEP ( entre 10 e 15 cm H2O ), não permitindo pressões de pico elevadas ( 30 e 40 cm H2O ). Aguarda-se a realização de alguns ciclos respiratórios ( 3 a 5 ). A seguir reduz-se a PEEP à zero de modo abrupto, acompanhada de vibrocompressão. Essa manobra proporciona rápido deslocamento de ar. a vibrocompressão e importante para eficacia da técnica (que seja ideal ser realizada com 2 fisioterapeutas)
- Bag Squeenzing - ventilação associada a vibrocompressão com o objetivo de mobilização e deslocamento da secreção. Feita em paciente sob ventilação mecânica. Deve ser realizada preferencialmente por dois fisioterapeutas, onde um instila soro no tubo orotraqueal e com o uso do ambu ventila de forma rápida em três ciclos seguidos e ao final deles o segundo fisioterapeuta faz a vibrocompressão. Esta técnica antecede a aspiração e é eficaz para o deslocamente de rolhas.
sábado, 18 de setembro de 2010
Vídeo Fisioterapia: Fratura Platô Tibial
Paciente do sexo feminino com 38 anos sofreu acidente de moto e fraturou platô tibial. Iniciou tratamento fisioterapeutico domiciliar. Encontrou-se incialmente acamada, sem qualquer angulação de flexão de joelho direito. Após 18 sessões de fisioterapia, observa-se excelente evolução, sem descarga de peso (não foi iniciada devido esperarmos a realização do raio x para verificação da consolidação e alinhamento, que posteriormente, após o raio x, observou-se estarem evoluindo de forma satisfatória e, então, foi inciada a descarga de peso parcial do membro inferior direito). Fisioterapeuta: Raylana Kelly
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Vídeo Fisioterapia: Fratura Platô Tibial
Paciente do sexo feminino com 38 anos sofreu acidente de moto e fraturou platô tibial. Iniciou tratamento fisioterapeutico domiciliar. Encontrou-se incialmente acamada, sem qualquer angulação de flexão de joelho direito. Após 15 sessões de fisioterapia, observa-se excelente evolução, no entanto, a descarga de peso ainda não foi iniciada devido esperarmos a realização do raio x para verificação da consolidação e alinhamento. (que posteriormente, após o raio x, observou-se estarem evoluindo de forma satisfatória e foi inciada a descarga de peso parcial do membro inferior direito). Fisioterapeuta: Raylana Kelly
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Cãimbras
São caracterizadas por espasmos musculares involuntários, aparecem de forma súbita, de curta duração e dolorosas em um músculo ou grupo muscular. Surgem com mais freqüência durante ou posterior há alguma atividade física e eventualmente em repouso. O desaparecimento, na maioria das vezes, também ocorre de forma súbita. Diversos são os fatores que podem gerar as câimbras: desidratação, carência de algum mineral como potássio, cálcio e magnésio pela transpiração (embora pesquisas apontem que a ausência destes são menos propensos a causar as câimbras, pois, a quantidade destes minerais no suor é inferior ao cloreto de sódio e além disso cálcio, potássio e magnésio são repostos de forma fácil e rápida através de uma dieta), falha no mecanismo de contração,excesso de atividade física, fadiga muscular e além disso, musculatura com pouco tonicidade, musculatura mal alongada, diabetes, doenças neurológicas ou problemas vasculares estão entre os fatores susceptíveis ao desencadeamento a estes espasmos musculares.
Existem algumas teorias que explicam o aparecimento das cãimbras: 1- Desidratação: com a perda de líquido no exercício ocorre um desequilíbrio nos fluidos corporais, prejudicando ou interferindo no mecanismo contrátil muscular, podendo ocasionar as contrações súbitas. 2- Teoria Eletrolítica: pesquisas apontam que a deficiência do sódio parece ser o principal fator do surgimento da cãimbra, pois, é de fundamental importância na iniciação dos sinais nervosos e ações que levam ao movimento muscular e sua diminuição (durante o exercício com a perda de suor) pode aumentar a sensibilidade muscular e a constante tensão seguida do movimento pode levar as contrações involuntárias. Caso não ocorra a reposição do mineral, ocorrerá uma deficiência progressiva e significativa de sódio e água, estimulando algumas terminações nervosas que podem provocar as contrações musculares. 3- Metabólica: metabólicos advindos da atividade contrátil excessiva como, por exemplo, o acido lático podem fazer com que o músculo se torne intoxicado. A acidose induzida pelo exercício é mais um fator causador da cãimbra, pois se a necessidade de oxigênio não é suficiente para suprir o músculo, o estoque de fosfocreatina é consumido e as etapas mitocôndrias do ciclo de degradação da gliclose, na célula muscular, não conseguem ser realizadas, gerando, portanto, o acúmulo de ácido lático e o seu excesso diminui o pH celular,originando a cãimbra.
Em caso se aparecimento das cãimbras alongue devagar o músculo, às vezes ao “puxar” de forma abrupta pode causar um estiramento e conseqüente uma lesão muscular. Como já dito, na maioria das vezes o seu desaparecimento ocorre de forma súbita, em caso do processo doloroso persistir procure um especialista.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Manobras de Recrutamento ALveolar em RNPT com SDR
Manobras de Recrutamento Alveolar em Recém Nascidos Pré Termos com Síndrome do Desconforto Respiratório - RESUMO
Autores:
Leila Janaína Paiva Rodrigues Figueiredo - Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Seama
Raylana Kelly Nascimento da Silva - Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Seama
Marília Maniglia Resende - Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Seama
RESUMO
Os distúrbios respiratórios são responsáveis por 50% dos óbitos que ocorrem no período neonatal, desses, 80% a 90% são atribuídos a SDR, sendo sua incidência inversamente proporcional à idade gestacional. A imaturidade pulmonar leva a uma deficiência, tanto quantitativa como qualitativa, de surfactante desencadeando o aumento da tensão superficial da parede dos alvéolos favorecendo o colapso dessas unidades, levando a diminuição da complacência pulmonar, diminuição da CRF, desequilíbrio na relação V/Q, shunt intrapulmonar e conseqüente hipoxemia, hipercapnia e acidose. No entanto, com o advento da terapia com surfactante exógeno e as novas técnicas ventilatória, o controle na fase inicial da SDR é uma realidade que vem possibilitando o aumento da sobrevida dos recém-nascidos. Grande parte desta conquista, vem sendo alcançada pelos avanços no suporte ventilatório, onde a estratégia ideal é aquela que maximiza a oxigenação com o mínimo de exposição possível ao O2, otimiza a CRF e a ventilação a partir da manipulação dos altos níveis de suporte de pressão. Neste entendimento, a PEEP vem sendo amplamente usada, estando diretamente relacionada à correção da hipoxemia, prevenção de colapso alveolar, como manobra de recrutamento de alvéolos já atelectasiados e a recuperação da CRF. Outra manobra que vem mostrando grande eficiência para recrutamento alveolar é a posição prona, promovendo a diminuição dos efeitos de compressão que favorecem o colabamento alveolar na região dorsal, onde estes efeitos compressivos se dão principalmente devido o fator gravitacional. Logo, com a redução da ação compressiva, estas áreas tornam-se mais expandidas fazendo com que haja melhor homogeneidade na relação V/Q, resultando, portanto, em uma maior eficácia das trocas gasosas no pulmão.
Palavras-chave: Síndrome do Desconforto Respiratório, recém nascidos pré-termos, manobras de recrutamento, pressão expiratória positiva final (PEEP), posição prona.
Autores:
Leila Janaína Paiva Rodrigues Figueiredo - Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Seama
Raylana Kelly Nascimento da Silva - Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Seama
Marília Maniglia Resende - Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Seama
RESUMO
Os distúrbios respiratórios são responsáveis por 50% dos óbitos que ocorrem no período neonatal, desses, 80% a 90% são atribuídos a SDR, sendo sua incidência inversamente proporcional à idade gestacional. A imaturidade pulmonar leva a uma deficiência, tanto quantitativa como qualitativa, de surfactante desencadeando o aumento da tensão superficial da parede dos alvéolos favorecendo o colapso dessas unidades, levando a diminuição da complacência pulmonar, diminuição da CRF, desequilíbrio na relação V/Q, shunt intrapulmonar e conseqüente hipoxemia, hipercapnia e acidose. No entanto, com o advento da terapia com surfactante exógeno e as novas técnicas ventilatória, o controle na fase inicial da SDR é uma realidade que vem possibilitando o aumento da sobrevida dos recém-nascidos. Grande parte desta conquista, vem sendo alcançada pelos avanços no suporte ventilatório, onde a estratégia ideal é aquela que maximiza a oxigenação com o mínimo de exposição possível ao O2, otimiza a CRF e a ventilação a partir da manipulação dos altos níveis de suporte de pressão. Neste entendimento, a PEEP vem sendo amplamente usada, estando diretamente relacionada à correção da hipoxemia, prevenção de colapso alveolar, como manobra de recrutamento de alvéolos já atelectasiados e a recuperação da CRF. Outra manobra que vem mostrando grande eficiência para recrutamento alveolar é a posição prona, promovendo a diminuição dos efeitos de compressão que favorecem o colabamento alveolar na região dorsal, onde estes efeitos compressivos se dão principalmente devido o fator gravitacional. Logo, com a redução da ação compressiva, estas áreas tornam-se mais expandidas fazendo com que haja melhor homogeneidade na relação V/Q, resultando, portanto, em uma maior eficácia das trocas gasosas no pulmão.
Palavras-chave: Síndrome do Desconforto Respiratório, recém nascidos pré-termos, manobras de recrutamento, pressão expiratória positiva final (PEEP), posição prona.
domingo, 8 de agosto de 2010
Ser Fisioterapeuta
FISIOTERAPEUTA É ASSIM...
Não fala, coordena vibrações nas cordas vocais...
Não pensa, faz sinapse...
Não toma susto, recebe respostas galvânicas incoerentes...
Não chora, produz secreções lacrimais...
Não espera retorno de e-mail, espera feed back...
Não perde energia, gasta ATP...
Não divide, faz meiose...
Não beija, permuta microorganismos...
Não se olha no espelho, faz avaliação postural...
Não tem pigarro, tem tosse improdutiva...
Não sofre fratura, tem descontinuidade abruta e traumática do osso...
Não dança, faz cinésio...
Não se apaixona, tem comportamento de padrão motor ativado pelas reações químicas induzidas pelas respostas emocionais...
Não respira, faz troca gasosa...
Não sente dor, tem estímulos nociceptivos...
Não se espreguiça, faz alongamento...
Não “malha”, faz movimentos de ação concêntrica e excêntrica...
Não caminha pela praia, deambula...
Não leva a colher à boca, faz movimento cinésio-funcional...
Não corre, executa ação de força explosiva.
Assim acontece o trabalho do FISIOTERAPEUTA!!
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